Sem medo de ser feliz: 5 lições para aprender a lidar com frustrações

  • O processo da criação dos laços afetivos no ser humano se inicia desde tenra idade tendo a ver, inclusive, com a gestação. Crianças que não se sentem amadas, que não foram criadas com disciplina e afetividade, sofrendo desde cedo pela rejeição, comumente se tornam adultos com grande dificuldade de lidar com seus próprios sentimentos.

    Rejeição

    Um fator complicador para essa situação é quando o adulto não se permite entregar a um sentimento em relação à outra pessoa, por não se sentir merecedor. É como se a criança que foi um dia, ainda chorasse pela falta de afeto e, pior, ainda sentisse culpa porque os pais ou responsáveis não gostavam dela. É comum, infelizmente, que crianças rejeitadas se sintam culpadas e, de forma inconsciente, transfiram esse sentimento para os seus relacionamentos na vida adulta.

    Frustração

    O problema se intensifica quando o adulto passa por um relacionamento frustrante que venha a originar nova quebra dos laços afetivos. Relacionamentos desarmônicos onde impera a violência, traições, abandono, separações e qualquer tipo de frustração pode fazer com que a pessoa se torne resistente aos próprios sentimentos, fechando-se em si mesma.

    Insegurança

    A grande dificuldade na edificação dos laços afetivos diz respeito ao medo de ser rejeitado e se ver frustrado novamente. A característica marcante na personalidade de pessoas que vivem esse tormento é a insegurança. A pessoa não se sente capaz de reconstruir sua vida e se torna pessimista quanto ao futuro, chegando mesmo a ver a vida com amargura e tristeza.

    "A falta de segurança que observamos em alguns relacionamentos é gerada por vivências anteriores. É comum ouvir o relato de casais que têm seu relacionamento abalado por experiências passadas vividas por uma ou ambas as partes", relata o psicólogo Luis Flávio Mendes Evangelista.

    Sendo esses os principais motivos para que as pessoas desenvolvam a dificuldade de criar laços afetivos, vejamos o que pode ser feito para que elas reduzam, ou mesmo, sobrepujam esse impedimento:

    1- Autoconhecimento

    Ninguém será capaz de qualquer transformação íntima se não buscar entender-se a si próprio, até mesmo para definir o que precisa mudar em sua personalidade. O autoconhecimento é um trabalho árduo que exige grande sinceridade e determinação, pois corresponde a olhar para si mesmo e observar as próprias deficiências. Quando a pessoa se conscientiza que precisa mudar porque essa é uma necessidade sua, o autoconhecimento começa a apresentar resultados positivos.

    2- Autocontrole

    Claro que ninguém consegue lidar facilmente com dificuldades emocionais, portanto as mudanças, mesmo que traçadas podem ser abaladas por novos acontecimentos. Por isso é fundamental que a pessoa mantenha o controle de suas emoções e não se deixe impactar por essas dificuldades. O autocontrole exige disciplina constante e é essencial para que a pessoa consiga superar seus obstáculos emocionais.

    3- Socialização

    Pessoas inseguras, com bloqueios de relacionamento tendem a se isolar na tentativa de blindarem-se contra a frustração e rejeição. Portanto a socialização é de extrema importância para quem deseja enfrentar seus medos e construir uma nova história de vida. Um bom começo é deixar de se preocupar tanto com que os outros pensam.

    4- Autoestima

    Investir na autoestima é um grande passo para o caminho de quem deseja crescimento pessoal. Conhecer-se a si mesmo também implica em evidenciar o positivo da própria personalidade e isso é muito importante para a satisfação íntima.

    5- Tratamento psicológico

    A construção de relacionamentos sadios é indispensável para uma vida plena, assim quando a insegurança não permitir essa busca, o melhor mesmo é procurar um especialista. Aspectos negativos da personalidade podem ser difíceis de lidar e um psicólogo, certamente, facilitará muito essa iniciativa.

    O importante é a determinação por superar as dificuldades em relação aos próprios sentimentos, permitindo-se a grande satisfação de amar e ser amado. Bom lembrar que crescemos com as dificuldades que enfrentamos e vencemos. Vale, pois, a pena!